1 - Introdução:
Há cerca de um ano atrás o Nuno e a Cláudia, em conversa com o Paulo, souberam da vontade deste em fazer o caminho Português a Santiago, desde Valença a Compostela.
A conversa alimentou um desejo antigo de ambos que, até ao momento, não tinham tido a coragem de por em prática esse sonho.
Há quem diga que o Caminho de Santiago se inicia quando se toma a decisão de o percorrer. De facto sentimos isso.
Os vários testemunhos de peregrinos que tivemos a oportunidade de ler, os guias e os livros que consultamos punham-nos já com um pé no caminho.
Como cristãos que somos sentimos que o Caminho de Santiago é mais do que uma caminhada arrojada, não podendo ser visto apenas como o testar das capacidades físicas de cada um.
Rumar ao túmulo do Apóstolo Santiago em peregrinação é pois um acto de Fé . De acordo com as palavras do Papa João Paulo II a peregrinação “reproduz a condição do Homem, que gosta de descrever a sua existência como um caminho. Do nascimento até à morte, cada um vive na condição peculiar de "homo viator".
Foi com este espírito que começamos a preparar a nova viagem. Decidimos que iríamos iniciar o Caminho de Santiago da Sé do Porto e que faríamos todas as etapas em autonomia, como verdadeiros peregrinos, ficando a dormir nos Albergues existentes ao longo do caminho.
Contactando a Associação Jacobeus solicitamos as nossas Credenciais, documento que funciona como o “Bilhete de Identidade” do Peregrino, contendo os seus dados pessoais e uma série de espaços em branco onde se colocam os carimbos dos Albergues, das Autarquias, Paróquias ou estabelecimentos que confirmem a passagem do Peregrino pelo caminho. A Credencial serve para aceder aos Albergues e solicitar a Compostela na Catedral de Santiago.
Também adquirimos as vieiras, conchas que simbolizam a Peregrinação a Santiago, as quais são geralmente colocadas nas mochilas dos peregrinos e que, de acordo com o ritual, deverão ser lançadas ao mar em Finisterra, no final do Caminho.
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