quinta-feira, 16 de abril de 2009

3ª Etapa



O conforto da residencial onde pernoitamos, justifica o atraso na saída de Barcelos, de onde, após o pequeno almoço, saímos por volta das 08H40.

Rumamos então para a nossa etapa, que apesar de não prever grandes desníveis, é extensa o suficiente para nos deixar saudosos da de ontem.

Como alternativa à estrada nacional, seguimos por Vila Boa, onde após travessia da passagem de nível (linha ferroviária do Minho), encontramos os vestígios recentes de um grupo de 4 caminhantes, pressupondo-se terem sido deixados pela passagem dos nossos companheiros do primeiro dia. A verdade é que pegadas fomos vendo aqui e ali, seguimos no seu encalço, mas eles, nem por sombras… presumimos estarem perfeitamente bem.

Lá continuamos, fazendo-se um pequeno destaque para a Capela da Srª da Portela, sita no lugar com o mesmo nome.


No percurso, voltamos a cruzar a GR11 E9, que apuramos tratar-se da grande rota do Caminho de Santiago, marcada pelo concelho de Barcelos, com inicio em S. Pedro de Rates e conclusão em Ponte de Lima. Constatamos que algumas (bastantes) ruas de freguesias vizinhas, colocaram na toponímia dos arruamentos atravessados pelo caminho, referencias ao mesmo, predominando mesmo “Rua do Caminho de Santiago”.


Descemos até ao Rio Neiva, que atravessamos através designada de “Ponte das Tábuas“, embora seja integralmente construída em pedra.


Seguiu-se o traçado antigo, que nos conduziu por entre terrenos agrícolas, onde deparamos com um marco contendo uma inscrição Templária. Chegamos por fim a Vitorino dos Piães, onde almoçamos no único restaurante existente.



Já aconchegados pelo imenso almoço que nos foi apresentado, prosseguimos entre chuva e sol, que refira-se, nos obrigou a inúmeras paragens e/ou abrandamentos para colocação e retirada dos impermeáveis, que diga-se, evitam a entrada da chuva, mas acumulam toda a condensação interior.

Contas feitas ter-nos-á atrasado cerca de 1 hora.

Entre cantorias lá continuamos, atravessando Santiago do Passo até ao Rio Trovela, onde na sua margem existe a capela da Srª das Neves, com um curioso púlpito exterior, usado para celebração eucarística na festividade que decorre em Agosto, isto segundo uma simpática senhora, que nos confidenciou ter ficado encantada com a nossa pequena conversa, referindo mesmo “ter ganho o dia”. Nós também o ganhamos pela sua simplicidade e simpatia.



Por fim, cerca das 18H30, lá chegamos a Ponte de Lima, junto ao rio, até à biblioteca municipal, onde nos foi referido estar a ser concluído um albergue para acolher os peregrinos, mas que ainda não estava em funcionamento.

Optamos por isso por uma modesta residencial no Largo de S. João, onde comemos um belo arroz de sarrabulho e onde elaboramos este post.



Ultreya!

2 comentários:

  1. Aleluia uma fotografia vossa :) Eheheh! Estou entre casa e trabalho a torcer por vocês e pelo bom término dessa vossa aventura.

    Estou a seguir atentamente o vosso blog e estou contente que está tudo a correr com planeado, qualquer coisa, já sabem, não chateiem :)

    Um forte abraço e um beijinho para a Ricardina :)

    Continuação de boa caminhada!

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  2. É isso tudo, coragem é o que é preciso, porque a força a gente arranja.

    Obrigado

    Grande abraço mano novo

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