quarta-feira, 22 de abril de 2009

9ª Etapa

+


Uma vez que tínhamos tomado a decisão de última hora de ganhar alguma distância de forma a podermos chegar a Santiago antes do meio-dia de 5ª feira, hora a que é celebrada a missa do peregrino, saímos do hotel por volta das 7H30, já que se impunha uma estirada até ao Arbergue de Teo.

Com o pequeno almoço já tomado, iniciamos a nossa jornada atravessando a ponte medieval sobre o Rio Bermaña e ao cabo de alguns quilómetros, atravessamos o vale desse rio por entre prados e bosques, que com a névoa da manhã possui um encanto especial.



Chegados ao povoado de Santa Mariña de Carracedo, aproveitamos para tomar o café da manhã e carimbar a credencial. Entabulamos conversa com a proprietária do estabelecimento, que nos descreveu os peregrinos que por lá haviam passado no dia anterior, já que hoje éramos os primeiros.

O Caminho segue por uma zona totalmente rural, com arruamentos muito estreitos, vislumbrando-se inúmeros corvos que aproveitavam as sementeiras recentemente efectuadas para se alimentarem.

Já no coração do povoado, observamos um “pequeno monumento”, constituído por um velho bordão, respectiva cabaça, sendo a rolha da mesma feita da massaroca de uma espiga de milho e respectiva vieira. Estes apetrechos contrastam com os modernos equipamentos que trazemos.



Para nossa satisfação, o percurso volta a efectuar-se em zona verde, na vertente do Rio Valga.

Já próximo de Padrón, mais precisamente em Pontecesures, onde atravessamos a ponte sobre o Rio Ula. O contraste desnecessário de uma enorme fábrica de lacticínios localizada numa das suas margens, retira a beleza e o enquadramento idealizado por quem instalou um miradouro precisamente para tal cenário.

Felizmente, a montante da ponte tal não se passa, permitindo-nos desfrutar de uma interessante vista sobre o largo leito do rio no ponto de confluência e a montanha mais ao fundo.



Segundo a lenda, foi por este rio que subiu a barca com o corpo de Santiago, para aportar em Padrón.

Infelizmente não conseguimos entrar na Igreja de Santiago, onde está o padrão onde foi amarrada a barca do Apóstolo e que deu o nome à cidade.

Aproveitamos para almoçar algo ligeiro em Padrón e seguimos em direcção a Teo.

Passada Iria Flavia, caminhamos sob um sol abrasador, que tornou a restante etapa um pouco penosa.

Na fonte situado junto ao Santuário da Senhora da Escravitude, aproveitamos para nos refrescarmos e atestarmos as nossas garrafas. Tentamos também nesta igreja entrar mas, à semelhança das restantes, encontrava-se fechada.



O restante percurso por estradões e atalhos lá chegamos a Faramello, donde desviamos do caminho para alcançarmos o Albergue de Teo. Dirigimo-nos ao café local para obter a chave e qual não é o nosso espanto, cerca de 30 minutos depois, quando regávamos uns belos amendoins com umas refrescantes cervejas, chegam os nossos companheiros italianos, que haviam alterado os seus planos iniciais, tendo também eles pernoitado em Caldas de Reis.

Estes presentearam-nos com um belo prato italiano, de spagueti com atum, que estranhamente até para mim (Nuno), que abomino atum, reconheço que estava agradavelmente comestível...

Ultreya!

3 comentários:

  1. Malta... cuidado com os pimentos, sabem perfeitamente que eles dão cabo do .... !
    Divirtam-se. Já falta tão pouco. Abraço.

    ResponderEliminar
  2. Ó Pedro vê lá se os pimentos te dão do... tamb

    ResponderEliminar
  3. Meninos agora ñ è época de pimentos: só em Junho, eh eh, fora aqueles q há todo o ano. Deixem os pombinhos descansar.

    ResponderEliminar