sexta-feira, 17 de abril de 2009

4ª Etapa

Pois bem, o traçado de hoje, apesar de pouco extenso apresentava algumas subidas bem pronunciadas, que o distinguem como o mais declivosa de todo o itinerário que estamos a cumprir.

Aproveitamos para descansar ao máximo, tendo a saída de Ponte de Lima sido por volta das 10H00, debaixo de alguma chuva, que entretanto aliviou e não nos importunou durante o resto da viagem.

Logo após atravessarmos a Ponte Romana Gótica sobre o Lima, entramos num belo caminho rural que deixava antever um belo percurso, expectativa que não foi felizmente lograda.



Apesar de não termos documentado fotograficamente o centro da cidade, belíssimo, aqui fica um registo de um solar, que à semelhança de inúmeros outros que mereceriam o mesmo destaque, é bem ilustrativo da riqueza patrimonial destas paragens.



Para os amantes da montanha como é o nosso caso, não passa despercebida a flora que pinta os montes e colinas, ora de amarelo ora de roxo, sendo a época em que nos encontramos óptima para apreciar tojos, carquejas e urzes floridas, entre outros.



Grande parte do percurso faz-se paralelamente ao rio Labruja, com várias cascatas naturais e açudes, que face ao elevado caudal acentuam a sua beleza.



Não podíamos deixar de retratar um belo espigueiro, ladeado por antigos carros de bois, que fariam certamente a delicia do nosso amigo Paulo.



A partir da freguesia de Labruja, contávamos com uma bela subida de 350 m em 3 kms, pelo que aproveitamos para nos refrescarmos e abastecer de água na fonte das Três Bicas.

À semelhança do que já havíamos sentido, os bastões de caminhada são de facto um utensílio importante na preservação das articulações, incutindo um ritmo constante de subida e claro, no caso da Cláudia, evitou o habitual colocar de mãos nos rins…



Chegamos entretanto a meio da encosta, que em alguns casos deve rondar os 30% de inclinação, à denominada Cruz dos Franceses, que assinala o local onde a população emboscou os retardatários do exército de Napoleão na invasão de 1809.



De acordo com o planeado, prosseguimos a subida até à Portela Grande, onde chegamos completamente suados, mas felizes pelo nosso soberbo desempenho, pois chegamos à conclusão que a subida se fez acima dos 3 km/h.

Após pausa para almoço, recomeçamos a caminhada, praticamente toda ela descendente e que nos fez desejar mais subidas, já que os joelhos se começavam a ressentir ligeiramente, mas rapidamente esquecidos pela contemplação de uma paisagem tão nossa conhecida, o Vale do Coura, onde inclusive nos cruzamos com um trilho já por nós realizado.



Já à chegada do Albergue de Rubiães, onde nos encontramos a escrever esta mensagem, fomos ultrapassados por um conjunto de ciclistas portugueses, oriundos de Braga, bastante satisfeitos com a descida, já que haviam carregado as bicicletas às costas na malograda subida.

Chegados ao Albergue, que possui excelentes condições, encontramos dois outros peregrinos, um francês a realizar peregrinação a Fátima desde Santiago de Compostela e uma sul africana a realizar o mesmo itinerário que nós.

Ultreya!

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